domingo, 19 de dezembro de 2010

Entrevista com os atores do espetáculo “Salomé & Yocanaãn – Profanando a Profanação” - Grupo Arteatro

Lell Trevisan, Paulo Arthur e Ana Carolina

Por Nanda Rovere

Lell Trevisan nasceu em São Paulo. Foi estudar teatro em Araraquara e depois voltou à capital em 2005. Faz teatro de rua. Participou dos grupos Polícromo Alecrim ( Araraquara) e Cia Sem Máscaras ( São José dos Campos).
Em Mangaratiba, com o colega Paulo Arthur, encenou "Salomé e Yucanaãn Profanando a Profanação", de sua autoria, baseado na obra Salomé do escritor Oscar Wilde. Conta a história do amor entre Salomé e o prisioneiro Yucanaãn.
Arthur Lemos e Ana Carolina são estreantes no teatro. Arthur está em cena ao lado de Trevisan, Ana é responsável pela sonoplastia da montagem. A direção é do Ailton Amaral e  a produção do Arteatro.

Mostra Rio-São Paulo de Teatro de Rua - Como ocorreu a sua vinda para Mangaratiba?
Lell Trevisan - Eu estava trabalhando com uma companhia chamada Cia Sem Máscaras, em São José dos Campos e o Ailton me ligou no finalzinho de julho me pedindo para fazer um espetáculo chamado Se Toc, aqui em Mangaratiba. Mas durante o processo houve um problema técnico e paramos de ensaiá-lo.  Aí resolvemos montar Salomé & Yocanaãn.

MRS - Depois da estréia na Mostra, já tem mais apresentações agendadas?
Trevisan - Já temos apresentações para janeiro em algumas cidades, entre elas, Paraty. Espero que possamos apresentá-la por muito tempo.

MRS - Como foi o processo de trabalho?
Trevisan - O Ailton não usa cenários, mas 50 m de panos que viram cenários e figurinos. Eu e ele nos conhecemos há cerca de 7 anos e eu sempre tive vontade de ser dirigido por ele. Além de atuar no espetáculo, sou produtor executivo da Mostra. A experiência foi muito instigante porque Mangaratiba é uma cidade muito deficiente na área cultural. Quando vim para cá estava com vontade de parar de fazer teatro, mas a paixão pela ¨arte falou mais alto¨.

MRS - O que achou da mudança da Mostra de Paraty para Mangaratiba?
Trevisan -Paraty é uma cidade muito bonita e era muito gostoso ir para lá prestigiar a mostra, mas Mangaratiba estava precisando de um evento como este, pois, como já citei, a cidade é carente na área cultural.  Valeu a pena me dedicar para que tudo saísse o melhor possível.

MRS - Como surgiu o interesse pelo teatro?  É a sua estréia, não?
Arthur Lemos -  Sim. Quando o Ailton abriu vagas para curso de teatro aqui em Mangaratiba, eu me interessei e comecei a fazer aulas com ele na escola João Paulo II. Não estavamos em número suficiente de alunos para estudarmos textos com muitos personagens, então, ele decidiu fazer aulas/ensaios. Como o Lell disse, ensaiamos Se Toc, mas houve muitas trocas de elenco; sobraram Lell, eu e Ana ( que está nos ajudando na produção) e achamos melhor montar Salomé.

MRS - Como é receber pessoas de fora para um evento cultural?
Ana Carolina -Muito cansativo, mas ao mesmo tempo prazeroso. É muito bacana conhecer novas pessoas e ver espetáculos de rua com grupos de várias localidades.

MRS -  O que vocês podem falar sobre a vida cultural em Mangaratiba:
Arthur - Ana - O que acontece aqui são apresentações nas escolas. A população sente falta de eventos culturais e por isto estão gostando muito da Mostra. Não há uma tradição cultural, mas acredito que se apresentações de teatro ocorrerem com mais frequência as pessoas  criarão o hábito de prestigiar espetáculos.

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